sexta-feira, 15 de junho de 2007

O Diário de Anne Frank




Annelise Frank, dos 13 aos 15 anos, retrata seu dia a dia de confinamento durante a 2ª Guerra Mundial em seu diário. Judia holandesa, temendo o holocausto e os alemães, divide o "Anexo Secreto" - um esconderijo dentro de um escritório ao lado do mercado - com seu pai, sua mãe, sua irmã Margot, o Sr. e Sra. Van Dann e seu filho Peter - posteriormente, também com Dussel. Após sua morte, seu diário foi recolhido, editado e lançado por Otto H. Frank, seu pai, e Mirjam Pressler.

O modo de vida precário levado por essas oito pessoas revela uma realidade não apenas judia, no meio do século XX, mas de todos os envolvidos na Guerra. A falta de comida e a sua ingestão mesmo quando estava podre ou estragada, a escassez de vestimentas novas e em quantidades suficientes para suportar o frio. Em escala menor, a falta de higiene em excreções e banhos, a desvalorização da moeda local e o rápido aumento dos preços dos produtos, a perda total da liberdade.

Se tudo isso fosse escrito sob um foco histórico e político, o livro seria ótimo. Infelizmente, o que menos se encontra nas páginas são abordagens sobre a Guerra. Anne Frank entretinha-se mais escrevendo sobre as brigas familiares, sobre os livros que lia, sobre as festas de aniversário (ela gastou mais folhas descrevendo os presentes ganhos do que relatando o Dia "D") e sobre sua paixonite por Peter.

Com uma escrita ruim, monótona, tendenciosa para o lado dos Aliados ("Os ingleses são os nossos heróis") e totalmente não convincente ( apresentem-me a criança de 13 anos que utiliza palavras como "almejar" e "eminência" em seu diário), o livro não agrada. Mais uma prova concreta de que com um bom marketing vai-se longe, uma vez que o próprio O Diário de Anne Frank já tem várias edições - e reedições -, uma versão cinematográfica e continua sendo reconhecidíssimo e aclamado pelo mundo afora.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom li, gostei como já te disse, achei que tu expos bem a tua critica a respeito do livro, e mais uma vez bem escritinho... bejos! e continua assim :)